Dia 13 de setembro chegará aos cinemas o filme “O Paciente – O Caso Tancredo Neves“, dirigido por Sérgio Rezende e produzido por Mariza Leão.
O filme, que retrata os últimos dias de vida do presidente recém eleito, agradou-me em vários sentidos.
Baseado no livro homônimo, do historiador Luis Mir, o filme descortina os mistérios que envolvem a misteriosa morte de Tancredo Neves.
Além de revelar os bastidores médicos da história que abalou a política brasileira e modificou os destinos do país.
O roteiro tem muitos acertos e deve agradar um público bem diversificado.
Eu recomendo e vou explicar o porquê.
Sucessão de erros que selaram o destino do presidente
O longa tem um ponto de vista interessante.
O enfoque está sobre a equipe médica que tinha a delicada tarefa de salvar a vida do presidente da República.
Tancredo Neves foi internado um dia antes de tomar posse, e o paciente não um cidadão qualquer.
Ele era um presidente da República envolto de uma aura mítica.
Tancredo levaria o país a sonhar novamente.
Os médicos, então, que suspeitavam de uma apendicite, insistiam em fazer uma intervenção cirúrgica para salvar a sua vida.
E contavam com a intransigência do próprio paciente que não queria, em hipótese alguma, ser submetido a uma cirurgia. Dizia:
Eu opero só depois da posse!
Mas seus apelos não foram ouvidos.
E uma sucessão de erros médicos aliados a uma estrutura precária do Hospital de Base do Distrito Federal selaram o destino de Tancredo.
Vaidade, bairrismo, medo e insegurança
O filme tem muitos termos técnicos, mas não é um difícil de entender.
Sabemos, desde o momento da primeira cirurgia, que todo o procedimento a que o paciente foi submetido está COMPLETAMENTE ERRADO.
E vivemos a agonia do paciente, da sua família e de todo o país.
A medida que a saúde do paciente piorava, os médicos que o acompanharam desde o início ficam sem alternativas.
A família solicita o auxílio de outros profissionais, dentre os quais o renomado Professor Doutor Henrique Walter Pinotti.
Mas os ruídos na comunicação entre os médicos atinge um ponto que beira o absurdo.
No fundo, estavam todos apavorados com um o caso médico mais complexo e importante de suas vidas.
Elenco maravilhoso!
Como É INCRÍVEL ver um bom ator em cena!
E a possibilidade de ver tamanho talento é mais comum entre atores maduros.
Othon Bastos dá um show de interpretação do começo ao fim!
Os elogios se estendem à Esther Góes, que interpreta Dona Risoleta, a mulher de Tancredo Neves.
Quanto profissionalismo!
Leonardo Medeiros e Paulo Betti são os médicos Dr. Pinheiro Rocha e Dr. Pinotti.
Ambos revezam o papel de mocinho e bandido ao longo da história.
Emílio Dantas é o jornalista Antonio Britto.
O ator tem uma boa atuação, mas fica abaixo da grandeza dos demais do elenco.
Vale a pena assistir “O Paciente – O Caso Tancredo Neves”?
Sim!
O filme é bem feito, a trama não tem furos, foi baseado em fatos reais e contém muitas imagens de arquivo que nos remetem à época dos fatos.
Assistam e depois venham aqui me contar o que acharam, tá?
Personagens – Elenco
Tancredo Neves – Othon Bastos
Risoleta Neves – Esther Góes
Dr. Pinheiro Rocha – Leonardo Medeiros
Dr. Renault – Otavio Muller
Dr. Pinotti – Paulo Betti
Antonio Britto – Emilio Dantas
Tancredo Augusto – Mario Hermeto
Aécio Neves – Lucas Drummond
Inês Maria Neves – Luciana Braga
Luisa, repórter – Priscila Steinman
Dr. Freire – Eucir de Souza
Dr. Gilberto Assis – Leonardo Franco
Patologista – Pedro Brício
Ficha técnica:
Direção – Sergio Rezende
Produção – Mariza Leão
Coprodução – Globo Filmes e Telecine
Roteiro – Gustavo Liptzein
Fotografia – Nonato Estrela
Direção de Arte – Marcos Flaksman
Figurino – Kika Lopes
Montagem – Maria Rezende
Trilha Sonora – David Tygel
Produção Executiva – Tathiana Mourāo
Produtores Associados – Tiago Rezende e José Alvarenga Jr.
Direção de Produçāo – Barbara Isabella
Produção de Elenco – Marcela Altberg
Finalizaçāo – Thiago Pimentel





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